sábado, 5 de junho de 2010

Marina Silva a favor da “união civil de bens”

Marina Silva, em seu Twitter:
“Que fique claro: defendo a união civil de bens entre homossexuais”.
E explica na entrevista ao Terra TV reproduzida em seu site:
“É um direito (a união civil de bens) que as pessoas têm. Se as pessoas têm um patrimônio junto, por que não podem usufruir desse patrimônio? Se têm uma união estável, por que não podem ser beneficiários do mesmo plano de saúde?”, indagou Marina para na sequência declarar seu apoio à reivindicação do movimento LGBT.
(…)Marina esclareceu que faz distinção entre união civil e casamento. ‘Entendo casamento como um sacramento’, afirmou. Para ela, um relacionamento homossexual não pode ser enquadrado nessa categoria. A presidenciável afirmou que esse posicionamento se deve a sua profissão de fé. Marina é cristã evangélica.
‘Prefiro que o movimento gay olhe para mim e diga que a Marina nesse aspecto (conceito de casamento) não pensa igual a mim’, declarou para justificar a transparência que considera essencial na abordagem do tema.
Ressaltou que um Estado laico deve assegurar os direitos de todos e para todos. Criticou aqueles que, em período eleitoral, mudam de opinião sobre questões como crença religiosa e aborto de acordo com as pressões de parcelas do eleitorado.”
Nem precisa dizer nada sobre essa distinção entre união de bens e “sacramento”. Dê a César o que é de César, menos o direito de César amar a César, transar com César, casar com César. Será que Caetano ainda vota nela?
Mas o objetivo deste post não é espinafrar a candidatura da evangélica Marina Silva. Seria até injusto reduzi-la a isso. Aliás, ainda bem que Marina não foi ejetada como Ciro Gomes.
Queria só dizer que é admirável a sinceridade quanto a esse posicionamento, embora o fosse mais ainda se não houvesse dois aspectos: 1) com pouca chance de ganhar, fica mais fácil falar a verdade; e 2) não apoiar relacionamentos homossexuais é de longe menos impopular, a não ser infelizmente entre poucos, do que dizer-se a favor do aborto ou admitir-se ateu.
Enquanto isso, Obama, que tanto tem decepcionado na política externa, faz diferença em seu Twitter:

“As we recognize the immeasurable contributions of LGBT Americans during Pride Month, we renew our commitment to equal rights for all.”

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