Prezados: tenho estado omisso do nosso blogue, em razão de minha tarefa de escrita. Creio que minhas contribuições diminuirão consideravelmente até a entrega de meu texto para a defesa. Chega uma hora que você tem ficar em hiperfoco. Não tem jeito. Tentarei, no entanto, acompanhar as postagens. Por hoje, faço duas intervenções.
A primeira é um comentário apenas, e retomando a foto do estudante-policial-policial-estudante-que-carregou-a-soldado: Walter, vi seu texto "De como se desfazem barbas ou ideologias" - ou algo assim. Você disse algo sobre "vemos o mundo segundo como nosso olhos e conveniências querem". Lá pelas você escreve:
Walter, no meu post "Também me calei", eu havia escrito:
"Rodrigo, também me calei ao ver a foto do estudante carregando o policial. Me calei como forma de prestar homenagem à nobreza do estudante; me calei como forma de prestar minha solidariedade ao soldado e a seus familiares - Renato."
Ou seja, meu silêncio foi em homenagem àquele que julguei ter ajudado um "rival", como foi sobremaneira uma solidariedade àquela pessoa, a soldado, que estava ferida. Você escorregou na leitura ou perdeu a honestidade intelecutal que critica? Seu comentário dá a entender que eu "apenas ovacionei" o suposto "heroi marxista" barbudo, e, "por extensão" estaria também fazendo loas aos movimentos sociais infestados destes santos, e não teria dirigido o mesmo sentimento a quem estava machucada.
Walter, só quem já foi a estádio de futebol ou a qualquer manifestação democrática; só quem já vivenciou (no sentido benjaminiano da coisa, e não apenas "experienciou", tal como conceituou o filósofo) um momento de confusão coletiva sabe o quanto é difícil e ruim sentir dor num lugar desses: uma cotovelada involuntária no meio da correria; um tombo; o gás lacrimogênio sufocando sua garganta e arrebentando com seus olhos.
Não sei se você já foi a um jogo de futebol com mais de 50 mil pessoas e uma briga estoura. Ou um show musical, que não religioso, onde brigas feias podem acontecer (ex. Show d'O Rappa em 2000 no Jaó, em Goiânia), porque, a "alma da massa", como postulou Gustave le Bon (2 ano de jornalismo...?) é destrutiva.
Já viu alguém apanhar e você não poder fazer nada?
Acredito que certamente que já tenha ido a alguma aglomeração em que há discórdia (tipo, uma passseata por reivindicação, saca?) e, assim sendo, sabe que e os ânimos afloram se há partes divergindo, de sorte que alguns acabam machucados, mas você fica ali, intelectualmente firme, acreditando que sua reivindicação é justa, afinal (não consigo não pensar na ironia de Nietzsche, em Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral), ele, o intelecto, "foi concedido apenas como meio auxiliar aos mais infelizes, delicados e perecíveis dos seres, para firmá-los um minuto na existência, da qual, sem essa concessão, eles teriam toda razão para fugir". Mas de repente instala-se o salve-se quem puder; e ver alguém machucado no meio da correria, o máximo que posso sentir é solidariedade para com a pessoa ferida, porque, se ficar de bobeira, "vem cá vem ver, que dentro do tumulto pode estar você", como escreveu o Marcelo Yuka.
Assim, quando você comenta:
"
Eu tenho a dizer que concordo. O comentário acima,
http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u719002.shtml
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