sexta-feira, 2 de abril de 2010

Com Serra, SP cai no ranking de salários para professores

Já sustentei aqui que a campanha de desmoralização da greve dos professores da rede estadual de SP envolve também um mascaramento das condições da educação pública no Estado. Enquanto acusam-se os grevistas de interesses político-partidários, maquiam-se os dados da gestão José Serra, o que não deixa dúvidas sobre o caráter também político-partidário da empreitada contra as reivindições, ainda que disfarçada sob ares de condenação de meios violentos e loas a grandes pacifistas.

Ontem a Folha de S. Paulo publicou reportagem intitulada "São Paulo cai quatro posições em ranking salarial de docentes", a qual começa assim:

"A rede estadual paulista de ensino caiu quatro posições desde 2007 no ranking nacional de salários iniciais, para professores da educação básica. Ocupa hoje a 14ª colocação entre os 27 Estados. Já dentre os cinco com o maior número de alunos, está em segundo lugar.

O levantamento, feito pela Folha, mostra que a hora-aula paga em São Paulo equivale à metade da de Roraima, unidade com a melhor remuneração.

No sistema paulista, o salário é de R$ 1.834, para uma jornada de 40 horas semanais. Foi considerada a remuneração inicial (que abrange metade da rede estadual de SP) dos docentes com formação superior.

Entre os cinco maiores sistemas de ensino, apenas o Paraná paga mais que São Paulo. Atrás vêm Rio, Bahia e Minas Gerais.

Parte dos docentes paulistas está em greve há quase um mês."

A íntegra aqui.

Quanto ao ranking relativo aos estados mais populosos, vale lembrar da peculiar realidade salarial de São Paulo, inteiramente diferente, por exemplo, daquela da Bahia.

E 2007, lembremos (a reportagem não o mencionou), é o ano de início do atual mandato de governador.

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