quinta-feira, 15 de abril de 2010

Erratas

Coletivo deste blogue e leitores (?!):

Se o Ricardo Noblat fez uma correção em seu blogue - desculpou-se com Dilma e depois "voltou atrás" -, a Folha de S. Paulo admitiu sua leitura grosseira do discurso da candidata, o que achei, para não perder o ceticismo, o mínimo. O NPTO (http://napraticaateoriaeoutra.org/) noticiou isso hoje e como eu havia comentado em post sobre o movimento confuso do Noblat e acompanho o diário dos Frias, seguem abaixo a "errata", da seção Erramos da Folha de hoje (15/04/2010) e a reportagem na íntegra (de 11/04/2010) em que Dilma, segundo a Folha, afirmou que não fugiu da luta durante o governo ditatorial 1964-1985 no Brasil (grifos meus na reportagem).

Quando o estudante barbudo era apenas um policial, o mundo caiu. E quando uma candidata tem sua fala desvirtuada de forma acintosa e o estrago precisa ser consertado, como fica?

E esses olhos, o que hão de ver?


São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010

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Erramos

erramos@uol.com.br

BRASIL (11.ABR, PÁG. A7) Em parte dos exemplares, foi publicado erroneamente que a pré-candidata do PT à Presidência disse, em evento em São Bernardo no último sábado: "Eu não fugi da luta e não deixei o Brasil". A declaração correta, publicada na maior parte dos exemplares, é: "Eu nunca fugi da luta ou me submeti. E, sobretudo, nunca abandonei o barco".


São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

No ABC, Lula e Dilma rebatem fala de tucano

Em evento marcado às pressas para contrapor lançamento de Serra, pré-candidata do PT diz que não "fugiu" da luta na ditadura

Lula chama ato do PSDB de "festa do nosso adversário", cita defesa que Aécio fez às privatizações e lembra que Obama disse que ele é o cara


Lalo de Almeida /Folha Imagem
O presidente Lula e a pré-candidata do PT em evento no ABC

ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Em evento marcado de última hora pelo PT para se contrapor ao lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB), o presidente Lula e adversária do tucano Dilma Rousseff (PT) fizeram ataques duros à oposição, com críticas diretas a Serra e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Lula, que chegou quando o ato em São Bernardo do Campo já estava em andamento havia uma hora, mostrou estar a par do que se passava em Brasília.
Ele chamou o evento tucano de "festa do nosso adversário" e chegou a citar uma defesa que o ex-governador Aécio Neves fez, em discurso, às privatizações.
O slogan "o Brasil pode mais", utilizado pelo PSDB, foi citado reiteradas vezes pelo presidente. "Eles falam "O Brasil pode mais". Nós falamos "nós fazemos mais"."
Em seguida, brincou com a semelhança entre a frase e o slogan de campanha do presidente dos EUA, Barack Obama: "Por que não basta copiar o Obama e dizer "nós podemos mais'? Porque o Obama já disse que eu sou o cara", afirmou.
Dilma, que discursou primeiro, enumerou pontos que, disse ela, "não fará de jeito nenhum". Afirmou que não trairá o povo e que a militância do PT nunca a verá "por aí pedindo que esqueçam" o que escreveu.
"Eu não fujo quando a situação fica difícil. Não tenho medo da luta. [...] Nunca abandonei o barco", disse Dilma, em referência ao período da ditadura militar, quando foi para a clandestinidade enquanto Serra, também opositor ao regime, se exilou no Chile.
Logo em seguida, se comprometeu a manter o alto nível da campanha, afirmando que "não apela" e que suas "críticas serão duras, mas serão civilizadas".
Ao citar privatizações, disse "não entregar" seu país. Prometeu respeitar os movimentos sociais e finalizou afirmando que acabou o "tempo dos exterminadores do futuro". No início do discurso, pediu um minuto de silêncio para lembrar as vítimas das enchentes.

Jornais
Lula também criticou a organização do evento por marcar a fala de Dilma só para as 14h. Segundo ele, o discurso "não entraria nos jornais porque aos sábados eles fecham por volta das 11h". E Serra, disse o petista, havia falado nesse horário. O tucano foi outra vez lembrado quando o presidente afirmou que ele pediu ao tucano, então governador, que conversasse pessoalmente com os professores grevistas.
Na saída, questionado sobre punição por antecipação de campanha, o presidente afirmou que é preciso haver regulamentação da lei eleitoral por parte da Justiça e do Congresso, para que os políticos e partidos não fiquem "à mercê da interpretação". E que ele não quis fazer críticas ao Judiciário e que foi mal interpretado.
Oficialmente, o evento foi explicado como o lançamento de uma pesquisa sobre emprego e qualificação profissional. Estava previsto um debate, que acabou não acontecendo -o ato se transformou numa série de discursos de ataque à oposição.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), tocou em temas delicados que o PT procurava evitar no evento, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fator previdenciário e a terceirização.

Leia a íntegra do discurso de Dilma

www.folha.com.br/101002




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