terça-feira, 30 de março de 2010

Entenda a greve dos professores em SP (3)

O texto abaixo foi publicado na coluna História em Imagens, de Augusto Nunes, de 29/03/2010, com o título A versão feminina de José Dirceu. – Walter Dos Santos
Na temporada grevista de 2000, o deputado federal José Dirceu, presidente nacional do PT, decidiu que as imunidades parlamentares se estendiam ao Código Penal ─ e fuzilou com o ímpeto que faltou ao guerrilheiro de araque o artigo 286: “Incitar, publicamente, a prática de crime”. Foi o que fez ao afirmar que os adversários tucanos “têm de apanhar nas ruas e nas urnas” (veja o vídeo 1). Dias depois, o governador Mário Covas foi acuado e agredido por professores grevistas acampados na Praça da República, em São Paulo.

Vídeo 1 – Entendendo a greve do Sindicato dos Professores, com José Dirceu!

Em 2010, como comprova o mesmo vídeo, a história começa a se repetir. Em outra manifestação nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato dos professores estaduais, incitou a platéia a transformar em alvo o governador José Serra. “Nós estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador”, gritou a companheira Bebel.

O segundo vídeo mostra o que aconteceu a Covas ─ e poderá acontecer a Serra caso os manifestantes tomem ao pé da letra a palavra-de-ordem da dirigente. A lei prescreve a pena de três a seis meses, ou multa, para quem incide no crime de incitação ao crime. Veja as cenas e responda: Dirceu merecia ou não a curta temporada na cadeia? E Bebel? Merece ou não merece?

Vídeo 2 – Covas e os professores

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2 comentários:

Felipe Leal disse...

Ah, a-ham, tá. Agora entendi. Realmente, isso muda tudo...
Pelo visto, andamos cansando nossos dois leitores com discussões inúteis. Vídeos assim, ainda mais repetidos à exaustão, resolvem todas as questões.
Só se for.

Walter Mendes disse...

Vídeos assim não resolvem todas as questões. Eles apenas relembram as questões que a esquerda não quer resolver nem responder: o projeto de poder em detrimento de um projeto de país e a criminalidade presente nos movimentos sociais.

Quando as discussões do blog enveredam por análises e pressupostos com os quais não concordo, eu não as tacho de discussões inúteis.

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