Não queria voltar ao assunto Reinaldo Azevedo, mas uma coincidência me fez mudar de ideia. Coincidências, disse Nélson Rodrigues, são sempre inteligentes.
Como sabem, a campanha do editor da Veja contra a greve dos professores da rede pública do Estado de São Paulo continua. Pois bem, num post dedicado a esculhambar o apoio de Aloizio Mercadante a esse e outros movimentos grevistas, disse ele:
"E Mercadante quer ser governador de São Paulo. Então as coisas funcionam assim: quando os petistas estão no poder, seus sindicalistas vão se contentando com o que têm. Perguntem se, nos estados onde o partido é governo, os servidores levam uma vida proporcionalmente melhor do que os de São Paulo. A resposta, obviamente, é não! Falem com os baianos, por exemplo. É óbvio que o partido não vai promover agitação contra um dos seus. Quando os petistas são oposição, aí eles põem para funcionar a máquina de desestabilizar governos."
Mas eis que, no mesmo dia, lemos no R7:
"Professores de escolas estaduais na Bahia fizeram greve de um dia nesta quinta-feira (25).
Eles querem o pagamento de um benefício salarial que foi conquistado em 1994, na época dos planos Verão e Collor.
Uma manifestação foi realizada pelos docentes diante do Fórum Rui Barbosa, em Salvador. Segundo o APLB (sindicato dos professores da Bahia), o governo do Estado não pagou o bônus."
E em 2007, portanto já no governo Jaques Wagner, houve uma greve de 55 dias. Jaques Wagner, vale lembrar, não só é petista como amigo próximo do presidente (esse história de amigo pessoal é reduntante, não?).
Seria o sindicato dos professores da Bahia, apesar de filiado à CUT, massa de manobra do PSDB?
Prefiro a explicação mais simples: há tantas greves na educação pública brasileira porque a situação é indecente. E, repito, é uma pena que isso não seja pauta prioritária nas eleições.
Mas isso tudo não tem importância para quem, como bem observou Renato, dispõe de plenos poderes criacionistas.
P.s. - A enorme nuvem negra que hoje desabou sobre São Paulo e me deixou quase duas horas num ônibus também foi massa de manobra do PT?
Seria o sindicato dos professores da Bahia, apesar de filiado à CUT, massa de manobra do PSDB?
Prefiro a explicação mais simples: há tantas greves na educação pública brasileira porque a situação é indecente. E, repito, é uma pena que isso não seja pauta prioritária nas eleições.
Mas isso tudo não tem importância para quem, como bem observou Renato, dispõe de plenos poderes criacionistas.
P.s. - A enorme nuvem negra que hoje desabou sobre São Paulo e me deixou quase duas horas num ônibus também foi massa de manobra do PT?
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