Eu, particularmente, estudo em universidade pública desde 1999 e me incomoda ver que ocorrem greves de forma regular, previsível e inevitável a cada dois anos. Eu questiono se este é o recurso mais apropriado num país em que a educação para por 3 meses ou mais sem que a sociedade sinta a menor falta ou impacto em suas vidas, em que greve significa férias coletivas renumeradas para a maioria dos servidores e em que movimentos sociais servem de massa de manobra para aventureiros que sonham com cargos políticos no futuro.
Não estou dizendo que lutar por reajuste salarial e outras necessidades trabalhistas não seja legítimo, mas que o método de luta usual precisa ser repensado e alterado. A política praticada dentro da comunidade acadêmica/escolar não é em nada diferente da praticada fora dela, com todos os seus vícios e virtudes. Algo que pode claramente ser visto no caso da greve dos professores da rede pública estadual de São Paulo. Infelizmente, alguns não conseguem ou não querem ver essa realidade. – Walter Dos Santos
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